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PM suspeito de dirigir carro usado para execução de Gritzbach é preso

São Paulo – Mais um policial militar suspeito de estar envolvido na execução do delator do Primeiro Partido da Capital (PCC), Vinícius Gritzbach, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foi preso neste sábado (18/1).

O tenente, que inicialmente não teve a identidade revelada, é apontado pela investigação como o condutor do carro usado pelos executores do empresário.

Ele foi detido por uma equipe do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), no bairro Jardim Umuarama, em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.

Segundo a Polícia Civil, o agente será levado à sede do DHPP e depois encaminhado ao Presídio Romão Gomes da Polícia Militar. A prisão temporária por 30 dias foi autorizada pelo Juiz da Vara do Júri de Guarulhos.

Com isso, sobe para 16 o número de PMs presos por suspeita de ligação com o caso do empresário. Outros 15 policiais, que tinham sido detidos na quinta-feira (17/1), tiveram a prisão mantida pela Justiça Militar nesta sexta-feira (18/1), após passar por audiência de custódia.

Os demais presos prestavam escolta privada ao empresário, apesar do histórico criminal conhecido de Gritzbach. Eles também são investigados por suspeita de ligação com a facção criminosa.

Entre os agentes presos está um policial militar da ativa, o cabo Dênis Antonio Martins, que foi identificado como o autor dos disparos que mataram o delator do PCC.

Entenda o caso:

Gritzbach foi assassinado em novembro do ano passado em frente ao Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. O homem de 38 anos era jurado de morte do PCC;
Durante uma delação explosiva, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro, além de revelar as extorsões realizadas por policiais civis. Tanto policiais civis quanto militares investigados pela força-tarefa foram afastados de suas funções;
Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo que busca policiais militares acusados de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) prendeu 15 suspeitos da morte de Vinícius Gritzbach, na quinta-feira (16/1);
Entre os agentes presos está o policial militar da ativa, Dênis Antonio Martins, identificado como o autor dos disparos que mataram o delator do PCC;
Outro tenente foi preso neste sábado (18/1). Ele é suspeito de ser o condutor do carro usado pelos criminosos para a execução.

A Operação Prodotes teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados ao PCC;
A investigação indica que policiais militares prestavam escolta privada a Gritzbach, apesar de seu histórico criminal. Segundo as apurações, tais ações caracterizavam a integração de policiais à organização criminosa;
Além disso, a investigação indica que informações estratégicas vinham sendo vazadas por policiais militares, incluindo da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição. Isso permitiu que membros do PCC evitassem prisões e prejuízos financeiros.

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Empresário, preso sob suspeita de mandar matar membros do PCC, foi solto por determinação do STJ

Divulgação

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Gritzbach e a namorada

Reprodução/Redes sociais

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Antônio Vinicius Lopes Gritzbach

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Rival do PCC, empresário Vinícius Gritzbach foi morto em atentado no Aeroporto de Guarulhos (SP)

Câmera Record/Reprodução

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Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC

Reprodução/TV Band

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Gritzbach chegou a ser preso, mas acabou liberado

TV Band/Reprodução

Tarcísio diz que casos serão “severamente punidos”

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) elogiou as polícias, nessa quinta-feira (16/1), após a prisão dos 15 PMs por Operação da Corregedoria.

“As polícias de São Paulo têm compromisso inegociável com a ética e legalidade. Desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei”, disse Tarcísio no X, antigo Twitter, na quinta-feira (16/1).

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