O Núcleo de Audiências de Custódia (NAC) converteu em preventiva, nesta quarta-feira (13/11), a prisão em flagrante do chef de cozinha Getro Costa Silva (foto em destaque), 37 anos, acusado de matar o amigo da ex-companheira com uma facada, no Guará 1. O criminoso havia se separado pouco tempo antes e não aceitava o fim do relacionamento.
A defesa do acusado pediu que ele respondesse em liberdade provisória, mas a juíza que proferiu a decisão optou por manter a prisão, devido à materialidade e a autoria indicadas por meio do flagrante.
Leia também
A magistrada justificou, ainda, que a prisão preventiva se justifica para garantia da ordem pública e proteção da ex-companheira do acusado, pois ele foi até o local onde ela estava e, ao ser confrontado pelo amigo dela, atacou-o e o matou a facadas.
A juíza também determinou que a ex do acusado tenha direito a medidas protetivas, caso Getro seja liberado da cadeia. Além de ficar afastado da casa dela, ele não poderá entrar em contato – nem pelas mídias sociais – e permanecer a distância mínima de 300 metros.
O descumprimento dessas medidas poderá levar a nova decretação de prisão preventiva. O caso foi encaminhado ao Tribunal do Júri do Guará, onde tramitará o processo.
O crime
O casal manteve união estável por aproximadamente dois anos, mas há cerca de dois meses, iniciaram a separação. A mulher passou alguns dias na casa de uma amiga e, na noite dessa segunda-feira (12/11), foi convidada a ir a uma festa de aniversário, na casa de outros amigos.
Na madrugada seguinte, Getro chegou transtornado à confraternização, e com sinais de embriaguez, segundo testemunhas, quando invadiu a casa e tentou tirar a ex-companheira do local à força. Os colegas da mulher, então, intervieram e o expulsaram da festa.
Assustada, ela pediu para ir embora, e um dos amigos que estavam na reunião se ofereceu para acompanhá-la, para protegê-la. No caminho, quando os dois passaram pelo Conjunto Z da QI 12, Getro apareceu novamente, com uma faca em mãos.
O colega da ex-companheira do criminoso, identificado apenas como Galego, conseguiu dar uma pedrada na cabeça do agressor, mas acabou atingido por uma facada.
A testemunha, então, gritou por socorro, e tanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) quanto a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram acionados. Porém, quando chegaram ao local, encontraram a vítima sem vida.