A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-ministro Silvio Almeida seja notificado para explicar, em um prazo de 15 dias, as acusações feitas contra a organização Me Too.
O que aconteceu
No início do mês, a ONG apresentou uma queixa-crime contra o ex-ministro por difamação. Alvo de denúncias de assédio sexual, Almeida alega que a entidade age por interesses políticos e financeiros.
Em setembro de 2024, o Metrópoles revelou, com exclusividade, que o então ministro dos Direitos Humanos era acusado de assédio, inclusive contra a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O Me Too confirmou o recebimento de denúncias. Na época, o ministério divulgou em seu perfil oficial uma nota sobre uma suposta tentativa de interferência da ONG em uma licitação da pasta.
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Na ação que tramita no Supremo, a organização acusa o ex-ministro de usar a estrutura do ministério para promover ataques contra a entidade e sua presidente, Marina Ganzarolli.
Recentemente, em um post no Instagram, Silvio Almeida voltou levantar suspeitas sobre a atuação da ONG. “Outros, por disputa política ou por ressentimento, ladeados por ONGS suspeitíssimas, ainda fazem pressões indevidas sobre instituições do Estado para me prejudicar”, escreveu.
O STF deu um prazo máximo de 15 dias para o ministro se manifestar sobre a ação, mas ele não é obrigado a prestar os esclarecimentos.