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Saiba como é estrutura das primeiras residências terapêuticas do DF

A partir da próxima semana, as residências terapêuticas da Secretaria de Saúde (SES-DF) receberão os primeiros pacientes. Serão 10 mulheres e 10 homens, todos pacientes internados em hospitais psiquiátricos ou de custódia há dois anos ou mais. As residências visam, segundo a SES-DF, “construir progressivamente a autonomia do indivíduo nas atividades da vida cotidiana, além de respeitar os direitos dos usuários como cidadão”.

Os serviços das residências são destinados a adultos com transtornos mentais persistentes que não possuam moradia, suporte financeiro, social ou laços familiares que permitam outra forma de reinserção social.

Nas residências terapêuticas, os pacientes contarão com o apoio de cuidadores 24 horas, além de enfermeiro, auxiliar de enfermagem, cozinheiro e profissional de serviços gerais. O suporte de caráter interdisciplinar será oferecido no Caps de referência, na Unidade Básica de Saúde (UBS) por uma equipe da atenção básica considerando a singularidade de cada um e o Projeto Terapêutico Singular. Além disso, há uma equipe de apoio 24 horas, com enfermeiro, técnico de enfermagem, cuidador, cozinheiro e profissional de serviços gerais.

O acompanhamento a um morador deve prosseguir, mesmo que ele mude de endereço ou eventualmente seja hospitalizado.

Fisicamente, uma residência terapêutica é uma casa tradicional: três quartos, três banheiros, sala, cozinha, jardim, quintal e até uma churrasqueira. O propósito é estimular uma rotina mais próxima possível da tradicional, com autonomia e reinserção social.

“Essa casa é um divisor de águas na saúde mental do Distrito Federal. É uma vitória para a nossa saúde pública, para os nossos servidores, para a nossa Secretaria e, principalmente, para os nossos cidadãos”, afirma a governadora em exercício, Celina Leão. Ela esteve nesta quarta-feira (10/7) em uma das residências, localizada na região Leste de Saúde, onde dez mulheres vão morar a partir da próxima semana. Uma outra casa irá receber o público masculino.

“Com as residências terapêuticas, estamos alinhados às legislações de saúde mental e de direitos humanos, promovendo a alta médica e manutenção do acompanhamento clínico para desinstitucionalização e reabilitação psicossocial, com ganho de qualidade de vida para esses pacientes”, detalha a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. A pasta tem edital aberto para contratação de outras residências. A meta é oferecer 100 vagas.

Saúde mental

Além da contratação de residências terapêuticas, a Secretaria de Saúde planeja a implantação de mais cinco Caps até o início de 2026. Dois serão destinados ao público infantojuvenil (Capsi), no Recanto das Emas e em Ceilândia, e outros dois ao tratamento em tempo integral de distúrbios causados pelo abuso de álcool e outras drogas (Caps III AD), no Guará e em Taguatinga.

A quinta unidade deve ser implementada no Gama, com atendimentos previstos para se iniciarem já em 2025, com funcionamento 24 horas. O serviço de saúde mental também tem como porta de entrada a rede de 176 Unidades Básicas de Saúde.

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