Nesta segunda-feira (2/1), a bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na Câmara dos Deputados protocolou um pedido de prisão preventiva no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento é assinado pelo presidente da sigla, Juliano Medeiros; pelos atuais deputados federais da legenda e pelos congressistas eleitos.
Na ação, além do pedido de prisão, os integrantes do partido pedem a quebra de sigilo telefônico e telemático, busca e apreensão de documentos, e também a apreensão do passaporte do ex-presidente. Bolsonaro deixou o Brasil na última sexta-feira (30/12) e está no estado norte-americano da Flórida.
O partido acusa Bolsonaro de demonstrar, em suas falas e atitudes, “a falta de apreço pela democracia” e afirma que “houve uma intensificação de sua intentona antidemocrática desde que pesquisas passaram a apontar sua baixa chance de reeleição à Presidência da República”.
“Se antes atacava, de maneira completamente infundada, a credibilidade das urnas eletrônicas, passou também a atacar a lisura do Poder Judiciário na condução do processo eleitoral, defendendo tácita e expressamente o rompimento da ordem constitucional a fim de realizar “eleições limpas”, alegou o PSOL.
O pedido da sigla de esquerda, que foi protocolado no âmbito do chamado inquérito das milícias digitais, afirma ainda que Bolsonaro “enalteceu a ditadura militar, defendeu abertamente golpe de Estado e divulgou fake news sobre fraude eleitoral durante todo o seu período a frente do poder Executivo”.
“Como disse o presidente Lula ontem [domingo, 1°], não queremos revanchismo. O que queremos é que os responsáveis pela morte de milhares de brasileiros respondam no rigor da lei. E pra ontem!”, escreveu o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, em seu perfil no Twitter .
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