São Paulo — O Procon-SP acionou a organização do GP São Paulo após fiscais do órgão de defesa do consumidor serem informados sobre problemas que torcedores tiveram para entrar no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, na zona sul da capital paulista.
Fãs de Fórmula 1 relataram longas filas e demoras de mais de 4h para conseguir entrar no circuito, especialmente no sábado (2/11).
Os problemas ocorreram em diversos setores do autódromo e impediu que grande parte dos admiradores do esporte acompanhasse a corrida sprint, ocorrida às 11h de sábado.
“Um grande número de consumidores que tentavam entrar no local, na sexta-feira e no sábado, e tinham seu acesso bloqueado nas catracas, o que contribuiu para a formação de filas e atrasos”, diz trecho da nota enviada pelo Procon-SP ao Metrópoles.
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De acordo com o texto, a organização do evento foi acionada pelos fiscais para adotar medidas para agilizar o acesso, o que foi amenizado no domingo (3/11), dia da prova.
“Em função deste episódio, o Procon-SP recomendará novamente às empresas que revejam seus procedimentos de gestão de acesso do público, ampliando horários, orientando e direcionando os consumidores e adotando novas tecnologias de identificação e controle de acesso – medidas já em uso em diversos eventos aqui no Brasil, com resultados bastante positivos”, diz o texto.
Além disso, a autarquia também convidou a empresa responsável pela venda de ingressos — no caso, a Eventim — a utilizar soluções tecnológicas mais seguras e eficazes para evitar fraudes.
“Lembrando que cabe à organização do evento integrar todos os prestadores de serviço, desde a venda dos ingressos até o fornecimento de insumos como alimentos”, destaca o Procon-SP.
De acordo com o órgão, estas iniciativas vão melhorar a qualidade nestas situações, com a redução de fraudes e solução dos problemas de acesso nos locais, dentre as demais obrigações relacionadas ao Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Pedido de reembolso
Aos consumidores que não conseguiram acessar o autódromo, o Procon-SP orienta a formalizar com as empresas das quais compraram os ingressos o pedido de ressarcimento.
“Não obtendo êxito, os consumidores podem registrar uma reclamação no site do Procon-SP; presencialmente em um dos postos de atendimento na Capital, ou em uma unidade do Procon municipal da cidade em que reside”, finaliza a nota.
O que diz a organizadora
O Metrópoles contatou a Eventim e o GP São Paulo pedindo uma posição sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.