Quem mora no Guará já pode usufruir e cuidar do Horto Agroflorestal Biodinâmico (Hamb), um espaço voltado ao cultivo de plantas alimentícias não convencionais (Pancs) e medicinais. O intuito é contribuir para o bem-estar físico e mental da população, por meio da integração com a natureza e a saúde.
Comunidade participou das negociações que resultaram na criação do horto, um espaço que desenvolve ações de viés terapêutico | Foto: Divulgação/SES-DF
O espaço fica na Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 do Guará, onde também funciona o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) da região. Este é o terceiro Hamb da Região Centro-Sul de Saúde e o primeiro localizado no Guará.
“Tivemos a participação da comunidade e de profissionais da saúde nessa implementação”, relata a gerente da UBS 2, Valdiane Dutra. “Estamos falando da construção coletiva de um espaço terapêutico fundamental na harmonização do ambiente e na aproximação entre a saúde e seus usuários.”
Terapia da terra
“Dentro da Atenção Primária à Saúde, trabalhamos para ofertar medidas terapêuticas, mas também queremos que os pacientes sejam os protagonistas desse processo”
Luiz Henrique Mota, diretor de APS da Região Centro-Sul de Saúde
Fruto de parceria entre a Fiocruz Brasília e a SES-DF, o projeto da Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos fortalece a Atenção Primária à Saúde (APS), intensificando ações de prevenção e cuidado por meio do plantio.
No local, a comunidade é orientada e convidada a plantar, colher e manter a horta viva e saudável. As atividades também funcionam como terapia complementar para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), lembra o diretor de APS da Região Centro-Sul, Luiz Henrique Mota.
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“Dentro da APS, trabalhamos para ofertar medidas terapêuticas, mas também queremos que os pacientes sejam os protagonistas desse processo”, afirma Mota. “O horto resgata exatamente isso: a atividade, tanto física quanto mental, da produção agroflorestal.”
Parceria
Desde 2018, a Fiocruz tem contribuído com a implementação dos hortos biodinâmicos. O foco é proporcionar uma noção mais ampla de bem-estar. “Isso significa que, se a gente cuida do solo, dos animais, das plantas e do ser humano, cuidamos da nossa saúde”, explica a pesquisadora da Fiocruz Ximena Moreno. “Junto à SES-DF, trabalhamos não só no combate a doenças, mas também na prevenção e na promoção do que é saudável. As mãos na terra permitem essa abordagem”.
*Com informações da Secretaria de Saúde