Com medo de ser novamente preso, Mauro Cid deixou uma mala com roupas e pertences pronta e as contas de casa pagas antes de prestar depoimento ao ministro do STF Alexandre de Moraes na tarde da quinta-feira (21/11).
A aliados, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro afirmou que o “clima estava tenso” e que via como alta a chance de voltar a ser preso, diante das notícias de que a Polícia Federal tinha visto omissões dele na delação premiada.
Igo Estrela/Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
Mateus Salomão/Metrópoles
Mateus Salomão/Metrópoles
Reprodução/CNN
Cid chegou ao STF tenso. No local, encontrou um juiz auxiliar do gabinete de Moraes e um representante do Ministério Público Federal. O ministro do STF e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, participaram por videoconferência.
Tanto Moraes quanto Gonet fizeram perguntas ao ex-ajudante de ordens. Segundo pessoas que acompanharam o depoimento, a oitiva foi objetiva. O ministro do Supremo fez uma série de perguntas para confirmar fatos e tentar avançar em outras frentes.
Como noticiou a coluna, Moraes usou o depoimento de Mauro Cid na quinta-feira para tentar avançar nas investigações sobre a possível participação do ex-presidente Jair Bolsonaro nos atos golpistas do 8 de Janeiro de 2023.
Na oitiva, segundo apurou a coluna, o ministro do Supremo questionou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro sobre qual teria sido a atuação do ex-presidente da República na invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Aliados do tenente-coronel do Exército dizem que teria sido a primeira vez que Moraes perguntou a Mauro Cid sobre a eventual participação de Bolsonaro nos atos golpistas realizados após a posse do presidente Lula.
Mauro Cid poupou Bolsonaro
Segundo fontes do Supremo, Cid teria poupado o ex-chefe nas respostas. O militar afirmou que não sabia de qualquer atuação de Bolsonaro no 8 de Janeiro, porque ambos já estavam nos Estados Unidos no dia das invasões golpistas.
Ainda de acordo com essas fontes, o ex-ajudante de ordens relatou que mora perto de onde funcionou o acampamento golpista em Brasília e que viu o número de manifestantes diminuir aos poucos após Bolsonaro deixar o Brasil.
No depoimento, Alexandre de Moraes também questionou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro se ele conhecia alguns dos empresários apontados como prováveis financiadores do 8 de Janeiro. O tenente-coronel respondeu que não