São Paulo — Apontada como responsável por administrar uma rede de assaltos em São Paulo, Suedna Barbosa Carneiro, conhecida como “Mainha do Crime”, já havia sido presa e condenada a mais de 10 anos de prisão por interceptação, crime pelo qual ela foi denunciada novamente.
A mulher, de 41 anos, foi presa nesta terça-feira (18/2) durante uma operação da Polícia Civil, em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, sob a acusação de liderar uma quadrilha responsável por diversos roubos na cidade, entre eles o que causou a morte do ciclista Vitor Felisberto Medrado.
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A polícia acredita que Suedna “aluga” acessórios, como mochilas e capacetes, para que os assaltantes se disfarçarem de entregadores. Em troca, ela receberia os produtos recolhidos nas abordagens.
Suedna Barbosa foi presa em flagrante nesta terça-feira (18/2)
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Conhecida como “mainha do crime”, ela nasceu na Paraíba
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Mora em Paraisópolis (SP)
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Suedna é apontada como chefe de quadrilha
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Já tinha passagem pela polícia
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Em 2022, Mainha foi denunciada pelo Ministério Público sob acusação de envolvimento em dois latrocínios. No seu apartamento em Paraisópolis, a polícia encontrou duas armas de fogo, 69 munições de armas de fogo, e dois carregadores de arma de fogo que levaram a sua prisão em flagrante.
Segundo o MPSP, Mainha mantinha uma espécie de “bunker do crime” em seu imóvel, que era usado como um ponto de receptação dos produtos dos crimes, bem como de armazenamento das armas, munições e acessórios.
Esses objetos “eram usados em um esquema “empresarial, comercial e clandestino”, de “locação”, na qual o equipamento era entregue aos assaltantes que, em troca, forneciam “a exclusividade na aquisição dos produtos dos crimes, os quais ela destinava ao comércio irregular”.
Em junho de 2022, Suedna foi condenado a 10 anos e 06 meses de reclusão, em regime inicial fechado, e ao pagamento de 22 dias-multa pelos crimes de receptação qualificada e posse ilegal de armas.
Quem é a Mainha do crime
Presa em flagrante, Suedna Carneiro nasceu na cidade de Esperança, na Paraíba.
De acordo com a polícia, Suedna não tem profissão.
Atualmente, a chefe de quadrilha mora em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, onde foi detida.
No local da prisão de Suedna, os agentes apreenderam três armas. Os dispositivos ainda vão passar por perícia.
A suspeita é que os revólveres tenham sido usados nos latrocínios e em outros delitos.
Também foram apreendidos 18 celulares, uma moto e equipamentos eletrônicos oriundos de furtos e roubos, além de R$ 21 mil reais em espécie e documentos de vítimas.
Suedna já tinha passagem pela polícia e chegou a cumprir pena.
Após dois anos presa em regime fechado, Mainha foi beneficiada, em abril de 2024, a progressão de regime para o semiaberto, cumprido na Penitenciária Feminina da Capital.