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Justiça intima Evo Morales a depor em caso de suposto tráfico humano

A Justiça da Bolívia intimou Evo Morales a prestar depoimento em um caso que investiga a ligação do ex-presidente com suposto tráfico humano, além de estupro de menor. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (7/10) pelo Procurador-Geral do país, Juan Lanchipa.

O caso veio a tona na última quarta-feira (2/10), após uma promotora que cuidava do caso ter sido destituída do cargo ao pedir a prisão de Morales no âmbito da investigação.

Segundo trechos do pedido de prisão contra o ex-presidente da Bolívia, o suposto estupro de vulnerável teria acontecido em 2016. A vítima seria uma menina de 15 anos, com quem Morales teve uma filha enquanto governava o país. O documento ainda afirma que os pais da menor de idade teriam dado consentimento a relação, em troca de benefícios.

“[A adolescente] deu à luz outra menina e o pai reconhecido na certidão de nascimento é o senhor Evo Morales Ayma. Existe um processo aberto que está sob investigação”, afirmou o ministro da Justiça da Bolívia, César Siles, na última semana.

A ofensiva judicial contra o líder cocaleiro surge em um momento de instabilidade política na Bolívia, envolvendo Evo Morales e o atual presidente boliviano, Luis Arce.

Disputa interna

Antes aliados, a recente tensão na relação entre Morales e Arce acontece após disputas internas no partido Movimento ao Socialismo (MAS).

O atual presidente da Bolívia, que chegou a ser ministro de Morales, foi expulso da sigla em 2023 após não participar de um congresso que confirmou o nome do líder indígena como candidato nas primárias presidenciais para o pleito de 2025.

Morales, no entanto, foi inabilitado de concorrer à Presidência no próximo ano pela Justiça da Bolívia.

Enquanto isso, Arce diz que Morales quer concorrer a um novo mandato presidencial “por bem ou por mal”, por isso planeja um golpe de Estado na Bolívia para impor sua candidatura.

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