O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que tenha discutido a possibilidade de criar uma “moeda única” para o Mercosul. O petista foi interpelado por jornalistas sobre o tema, depois do fim da cerimônia de posse da nova ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Haddad disse à imprensa que “não existe moeda única e não existe essa proposta”. Visivelmente irritado, pediu aos jornalistas para “se informarem primeiro”.
A fala de Haddad contraria uma declaração de Daniel Scioli, embaixador da Argentina no Brasil, após encontro com o petista. Scioli garantiu que Haddad firmou “compromisso muito real com o objetivo da moeda única”, e que os dois países iriam “trabalhar para criá-la”.
Conforme noticiou Oeste, ambos se reuniram na terça-feira 3, para discussão da parceria econômica entre os países, como o financiamento do gasoduto Néstor Kirchner, de 600 quilômetros, na província de Santa Fé. A Argentina alega que o Brasil assegurou R$ 4 bilhões em empréstimos, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que financiarão a obra.
Scioli ressaltou que o objetivo da medida é “fortalecer o intercâmbio comercial no bloco e ampliar a união latino-americana”. As nações participantes não teriam que abandonar suas próprias moedas, como na União Europeia, mas a “moeda única” seria uma maneira de nivelar as transações comerciais, sem usar o dólar.
*Revista Oeste