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Empresária do DF acusa Latam de barrar embarque de cadela cadeirante

A empresária Jordana Guimarães Diniz, 37 anos, usou suas redes sociais para denunciar uma situação no mínimo desconfortável, a qual teve ao tentar embarcar em um voo da Latam, de Brasília com destino ao Rio de Janeiro.

De acordo com a empresária, essa seria a primeira viagem de avião da sua cadela paraplégica, Chiquinha, que tem 13 anos. Jordana afirma que se preparou indo pessoalmente à companhia aérea semanas antes para obter todas as informações necessárias e evitar qualquer surpresa na hora do embarque.

“Para me preparar e não ter nenhuma surpresa, fui um tempo antes ao aeroporto, levei a Chiquinha fora da caixa, e os funcionários me receberam super bem. Conversei com eles e expliquei que queria viajar com ela e precisava saber se estava tudo certo. Eles falaram que iriam avaliar se estava de acordo com as normas. Levei a caixinha em que ela seria transportada, coloquei-a dentro e eles me garantiram que estava tranquilo, que eu não teria problema nenhum e que poderia me organizar”, relata Jordana.

Porém, segundo a empresária, a situação foi diferente no dia do embarque. Ao chegar ao aeroporto, Jordana conta que percebeu olhares estranhos dos funcionários e sentiu que eles estavam com má-vontade para atendê-la.

Veja vídeo do momento do ocorrido:

 

“Ontem, na hora que eu cheguei, de cara já vi a má-vontade. De longe, duas funcionárias me viram e perguntaram: ‘O que é isso?’. Aí eu falei que era o meu cachorro, que tinha comprado uma passagem, que estava indo viajar e queria fazer o meu check-in”, afirma.

Segundo Jordana, as funcionárias afirmaram que o embarque do pet não seria permitido, alegando que a caixa de transporte não estava dentro dos padrões exigidos. No entanto, mesmo após verificarem que a caixa estava dentro das medidas corretas, o embarque continuou sendo negado.

Veja imagens da Chiquinha:

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Jordana destaca que estava com toda a documentação necessária. “O atestado veterinário e o laudo da minha psiquiatra sobre o apoio emocional que ela me proporciona estavam comigo”. Ainda assim, o acesso ao animal foi negado, e a empresária teve que embarcar sozinha.

Ela explica que só conseguiu viajar porque a mãe a acompanhou até o aeroporto. “Minha mãe estava comigo o tempo todo e foi me levar até lá. Se não fosse ela, eu teria perdido o voo.”

Ao Metrópoles Jordana informou que discorda do posicionamento da companhia, pois, segundo ela, as normas da Latam consideram o peso do animal e não o tamanho. “Gerou um estresse desnecessário em mim e no cachorro. Dizem ser uma companhia pet friendly, mas não são. O cachorro pode ter até 12kg, e um cachorro desse porte já não é pequeno, é de médio porte. Eles precisam entrar em um consenso. A Chiquinha tem apenas 8kg”, ressalta.

Procurada pela reportagem, a Latam confirmou, por meio de nota, o impedimento do embarque da cadela.

Nota da Latam:

“A LATAM Airlines Brasil esclarece que a cliente do voo LA3782 (Brasília-Rio de Janeiro/Santos Dumont), de 27/03, teve o embarque do pet negado, pois o tamanho do kennel (caixa de transporte) estava fora do padrão aceito pela companhia. A LATAM reforça que suas ações visam o bem-estar e a saúde dos pets embarcados e que todas as regras e recomendações para esse tipo de transporte estão disponíveis em: https://www.latamairlines.com/br/pt/experiencia/prepare-sua-viagem/transporte-de-animais-de-estimacao.”

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