A Dinamarca anunciou um aumento nos investimentos em defesa na Groenlândia, em meio a declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aquisição da ilha.
O pacote inclui novos equipamentos, como drones e navios de inspeção, além de melhorias na infraestrutura militar. O ministro da Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen, destacou que essa decisão busca fortalecer a presença no Ártico após anos de investimentos insuficientes. As informações são da BBC
No domingo (22/12), Trump reiterou seu desejo de que os EUA assumam o controle da Groenlândia, alegando que isso é uma “necessidade absoluta” para a segurança nacional. A ilha, estratégica pela sua posição geográfica e recursos naturais, abriga bases militares americanas e é ponto-chave na rota entre os Estados Unidos e a Europa.
Apesar das especulações, analistas dinamarqueses afirmam que o plano de defesa não é uma resposta direta a Trump, mas uma resposta à pressão crescente por maior presença no Ártico frente à concorrência de países como China e Rússia. Ainda assim, muitos acreditam que as falas de Trump contribuíram para acelerar as decisões de Copenhague.
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Com relação à aquisição da Groenlândia, o premier da ilha, Mute Bourup Egede, reafirmou que a região “não está e nunca estará à venda”. No entanto, Egede destacou que a ilha continua aberta à cooperação comercial, especialmente no setor de minerais estratégicos.
Trump já havia levantado a ideia de comprar a Groenlândia em 2019, durante seu primeiro mandato, o que causou tensão com a Dinamarca. A proposta foi rejeitada na época pela primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, que a classificou como “absurda”.
Agora, a recente fala de Trump ocorre em um momento de renovadas ambições estratégicas no Ártico e nomeações diplomáticas, como a de Ken Howery, ex-embaixador na Suécia, como novo representante dos EUA na Dinamarca.
Filho de Trump posta meme com “compra” de países na Amazon
Eric Trump, filho do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, compartilhou uma montagem polêmica nas redes sociais nesta segunda-feira (24/12). A imagem mostra o republicano “comprando” o Canadá, a Groenlândia e o Canal do Panamá no site da Amazon, como se fossem produtos adicionados a um carrinho de compras.
A montagem, publicada no X (antigo Twitter), mostra Trump olhando para um celular enquanto uma tela ao lado exibe uma simulação da compra dos países. Entre os detalhes, aparecem informações como “entrega gratuita” e “devolução grátis”. Na legenda, Eric brincou: “Estamos de volta!!!”.
Veja:
Canadá e Panamá
O meme viralizou em um contexto de declarações controversas de Trump sobre o Canadá, que ele já se referiu como “estado 51” dos EUA.
O republicano afirmou que poderia incorporar o país vizinho ao território americano caso o governo canadense não consiga arcar com novas tarifas de exportação, que ele ameaça impor ao assumir o cargo em janeiro.
Em tom provocativo, chamou o primeiro-ministro Justin Trudeau de “governador Trudeau”.
No Canadá, as declarações foram duramente criticadas. Políticos locais consideraram as falas de Trump uma afronta à soberania do país, especialmente em meio à instabilidade política causada pela renúncia da vice-primeira-ministra Chrystia Freeland na semana passada.
Já sobre o Canal do Panamá, Trump tem criticado as taxas cobradas dos navios americanos pela travessia.
Ele chegou a ameaçar retomar o controle da passagem estratégica, que foi transferida ao Panamá em 1999 como parte de um tratado internacional. Em resposta, o presidente panamenho, Raúl Mulino, declarou que a soberania do canal não está em negociação.