A assistência técnica que o Governo de Goiás oferece aos produtores rurais, por meio da Emater, tem produzido bons frutos. Em Hidrolândia, a Chácara José Teodoro é um exemplo. Assistida por técnicos agrícolas da agência, a propriedade vem investindo em inovação e tecnologia para ampliar o pomar, melhorar a produção e aumentar a produtividade e renda da família que se dedica ao cultivo da jabuticaba.

À frente do empreendimento, o produtor Edilson Teodoro investiu em um sistema de irrigação suspenso, substituindo o modelo anterior, terrestre. A Emater Goiás orientou todo o processo de transição. Com a nova tecnologia, ele controla a produtividade, garante a produção dos frutos por estações e prolonga o período da colheita, que é quando a propriedade recebe turistas.

“Sem a irrigação controlada, teríamos muitos prejuízos, já que todos os pés produziriam de uma vez, diminuindo o período de visitação”, explica.

De acordo com o presidente da Emater Goiás, Rafael Gouveia, todo negócio precisa buscar maneiras de aperfeiçoar e implantar novos processos para continuar atendendo com eficiência os clientes.

“É isso que fazemos com os produtores rurais goianos que acompanhamos, queremos ver eles implantando novas tecnologias e colhendo resultados. Com as visitas periódicas que nossos técnicos realizam, tenho certeza que a propriedade vai melhorar ainda mais as atividades e, consequentemente, a renda da família”, afirma.

A principal atividade da Chácara José Teodoro é o turismo rural durante a temporada da jabuticaba, que ocorre de setembro a novembro. Neste período, a propriedade recebe milhares de turistas em busca da fruta e de seus derivados.

Teodoro revela que, em 2023, o faturamento durante os meses de colheita ultrapassou R$100 mil, recurso que ele investiu em áreas como tecnologia, irrigação e adubação para melhorar o pomar.

Para o analista de desenvolvimento rural de Hidrolândia, Clenon Aguiar de Magalhães, o foco do acompanhamento da Emater no município é melhorar a qualidade de vida da planta.

O trabalho fortalece o cultivo da fruta e o turismo, atraindo mais pessoas para conhecer as fazendas.

“Os visitantes consomem as frutas no pé e desfrutam de toda a área para o lazer com a família. Os produtores aproveitam a visitação para comercializar outros produtos, como frango, queijo, ovos e mudas de plantas”, detalha.

Início de tudo

Segundo o produtor Edilson Teodoro, o pomar teve início há 60 anos com o patriarca, José Teodoro.

“Ninguém acreditava que teria resultado, mas ele foi firme. Meu pai começou a plantar sozinho. Sonhou em ampliar a produção e foi crescendo. Depois, a gente se entusiasmou e foi só aumentando a plantação. Hoje temos mais de 1.600 pés de jabuticaba. O cuidado no manejo ao longo dos anos é simples. Mas há três anos temos a ajuda da Emater, que nos orienta com a forma correta de irrigação e adubação”, relata.

“A jabuticaba representa a nossa riqueza. Fico feliz em saber que posso contar com o acompanhamento dos técnicos. Sozinho, eu levaria a fazenda sem rumo, sem roteiro. A Emater transformou tudo para melhor. Tentamos nos adequar às novidades que aparecem e não ficar parado no tempo”, conclui o agricultor.

A temporada de jabuticaba começou no fim do mês de agosto e deve se estender até a primeira quinzena de dezembro.

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