Fechado desde 2016 por apresentar riscos estruturais, o Centro de Ensino Médio (CEM) 10 de Ceilândia foi reinaugurado nesta quarta-feira (26) pelo governador Ibaneis Rocha, em evento bastante comemorado pelos alunos e pela comunidade escolar.
Nova estrutura amplia a qualidade do ensino; agora, escola conta com 3.872,50 m², divididos em dois pavimentos em um terreno de tamanho próximo à área de um campo de futebol profissional | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília
A reconstrução histórica de uma das principais unidades de Ceilândia, localizada na QNP 30, foi executada pela Secretaria de Educação (SEEDF) com recursos deste GDF, que investiu R$ 8.853.195,61. Parte dessa verba foi liberada por meio de emenda parlamentar do deputado distrital Max Maciel.
“Tivemos aqui praticamente a construção de uma nova escola”, afirmou o governador Ibaneis Rocha. “Na época em que nós assumimos, a situação era muito complicada, tinha uma ação judicial do Ministério Público pedindo pela reconstrução. Começamos o processo lá atrás, e agora está entregue para a criançada. É uma obra maravilhosa, totalmente completa, com tudo aquilo que os estudantes do Distrito Federal merecem ter para a sua educação, para cuidar da sua vida profissional e para seguir em frente, que é o que a gente quer.”
Excelência em estrutura
O governador fez questão de interagir com os alunos: “É uma obra maravilhosa, totalmente completa, com tudo aquilo que os estudantes do Distrito Federal merecem ter para a sua educação, para cuidar da sua vida profissional e para seguir em frente, que é o que a gente quer”
Inaugurada em 1994 pelo governador Joaquim Roriz, a escola agora dispõe de 3.872,50 m², divididos em dois pavimentos em um terreno de 8 mil m² — quase o equivalente à área de um campo de futebol profissional. O CEM 10 possui 17 salas de aula, além de uma infraestrutura completa, incluindo rampas, escadas, salas para artes cênicas, música, artes plásticas, multiúso e grêmio estudantil, além de biblioteca, apoio pedagógico, cozinha industrial, refeitório, vestiários, sanitários, áreas administrativas, pátio coberto e laboratórios. Na área externa, há bicicletário, guarita e estacionamento.
“Os alunos passaram esse tempo estudando em outra instituição, e agora eles retornam com um ambiente novo e com uma estrutura de primeiro mundo”
Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
“Essa era uma das escolas que mais me cobravam, porque ela está localizada em uma área de Ceilândia que ansiava muito por essa entrega”, lembrou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. “Os alunos passaram esse tempo estudando em outra instituição, e agora eles retornam com um ambiente novo e com uma estrutura de primeiro mundo. É tudo moderno e arrojado. Tanto a arquitetura quanto a parte funcional são muito bem-planejadas.”
A nova estrutura acomoda mais de mil alunos, oferecendo ensino integral para todas as séries do ensino médio. O retorno dos estudantes a esse espaço marca um importante avanço para a Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Ceilândia, que abrange 98 escolas, 11 centros de educação da primeira infância (Cepis), sete instituições educacionais parceiras (IEPs) e 21 instituições que atendem beneficiários do Cartão Creche.
“Essa entrega faz parte do nosso empenho em garantir educação de qualidade para os nossos estudantes”, complementou a vice-governadora Celina Leão. “Um ambiente adequado, com boa infraestrutura faz muita diferença no aprendizado. Aqui é mais que uma entrega de obras, estamos cuidando do futuro.”
Para a meninada, a escola novinha vai refletir em um bom desempenho escolar. É o caso de Ana Clara Oliveira, 16, aluna do segundo ano do ensino médio, que comemora: “Está maravilhoso. Tem dois andares, está bonita e bem-estruturada. Antes, a gente precisava se deslocar para a escola temporária até essa ficar pronta, era um trajeto cansativo. Agora dá até motivação de vir para a aula, ver como tudo está tão bonito, com carteira nova. Espero que o pessoal cuide bem e que as pessoas aproveitem também”.
Nova estrutura apresenta melhorias em todos os setores
Memória afetiva
“Os alunos ficaram encantados, e até as pessoas que moram aqui perto pedem para conhecer. A escola é deles, foi feita para eles”
Helen Matsunaga, diretora do CEM 10
A entrega do CEM 10 não simboliza apenas um prédio reformado, mas o resgate de uma história vivida por alunos e professores que por décadas frequentaram a escola e aguardavam pelo novo espaço. “
Tem professor que ficou esse tempo todo em outra instituição até que essa fosse concluída”, comentou a secretária de Educação. “O retorno deles para um local novo, mas que ainda é o ambiente onde atuavam, é emocionante”.
A titular da pasta ainda lembrou: “Essa escola tinha um orelhão quando foi construída, e fizemos questão de preservar esse resgate da memória afetiva, assim como a placa de inauguração em bronze. São elementos que mostram o que já existia, mas a escola passou por uma reforma completa”.
Para a diretora do CEM 10, Helen Matsunaga, a entrega foi ainda mais emocionante: “Quando eu vi a escola pronta, foi um sonho realizado. A comunidade merece um espaço como esse. Os alunos ficaram encantados, e até as pessoas que moram aqui perto pedem para conhecer. A escola é deles, foi feita para eles”.
