São Paulo — Um bebê de 1 ano morreu após ser examinado e dispensado de um hospital público em Itapetininga, no interior de São Paulo. A família aponta negligência do médico responsável pelo atendimento, que foi afastado pela direção da unidade.
O caso aconteceu no Hospital Doutor Léo Orsi Bernardes. Na última quarta-feira (16/4), os pais de Matteo Luis (foto de capa) o levaram à unidade por causa de dores abdominais. Segundo o boletim de ocorrência, após realização de exames, o bebê foi liberado pelo médico.
No entanto, Matteo não apresentou sinais de melhora, o que fez com que os pais o levassem de volta para o hospital. De acordo com o relato do pai, a médica plantonista analisou os exames realizados mais cedo e “demonstrou preocupação e apreensão”, encaminhando o bebê “imediatamente” para a emergência.
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Consta no prontuário médico que Matteo deu entrada no hospital com “mal estado geral, cianótico, hiporresponsivo, abdome distendido, taquicardia e saldo de secreção fecaloide”. O bebê não eliminava fezes havia dois dias, além de apresentar febre, anorexia e vômitos.
Matteo não resistiu. O boletim aponta apendicite aguda e choque séptico como possíveis causas da morte.
Em nota, a Prefeitura de Itapetininga afirmou que pediu esclarecimentos à administração do hospital. “O HLOB, por meio de sua direção técnica, determinou o afastamento imediato e sem remuneração do médico pelo primeiro atendimento da criança, além da instauração de um procedimento de investigação”, disse.
A administração municipal também se solidarizou com a família de Matteo e “reitera que não medirá esforços para a completa elucidação do ocorrido”.
Procurado, o Hospital Doutor Léo Orsi Bernardes afirmou que “diante do ocorrido, foi aberta sindicância para apuração dos fatos”.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o 1° Distrito Policial de Itapetininga instaurou inquérito para apurar a denúncia apresentada pela família. “Diligências estão em andamento e a autoridade policial está coletando depoimentos para auxiliar no completo esclarecimento dos fatos”, disse, em nota.