São Paulo — A menina Bethina Feldman, de 12 anos, sobrevivente da queda de helicóptero que matou os pais nesta sexta-feira (17/1) no Morro do Tico Tico, em Caieiras, Grande São Paulo, segue internada em observação no Hospital das Clínicas e deve deixar o local neste sábado (18/1).
A informação foi confirmada pela empresa em que o pai, André Feldman, 50, era CEO. Ele e a mulher, Juliana Alves Maria Feldman, de 49 anos, morreram no acidente.
Ainda de acordo com o comunicado, o corpo de Juliana será velado a partir das 13h deste sábado no Cemitério da Saudade, em Americana, no interior paulista. O enterro está marcado para ocorrer logo depois, às 15h.
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Já o corpo de André será velado no Cemitério Israelita do Butantã, na capital, a partir das 14h de domingo (19/1), mas o horário do sepultamento não foi informado.
O outro sobrevivente do acidente, o piloto da aeronave, Edenilson de Oliveira Costa, apresenta quadro estável e segue em avaliação médica, sem informações sobre quando irá receber alta hospitalar.
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O que se sabe sobre a queda do helicóptero:
O helicóptero decolou de um heliponto no Jaguaré, na zona oeste de São Paulo, na noite dessa quinta-feira (16/1);
A aeronave viajava em direção à cidade de Americana quando perdeu o sinal de GPS por volta das 20h34 em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo;
O piloto e três passageiros estavam a bordo: pai, mãe e filha de 12 anos;
Equipes de resgate da Polícia Militar encontraram os destroços da aeronave no início da manhã desta sexta-feira (17/1), em uma área de mata na altura do quilômetro 31 da Rodovia dos Bandeirantes;
Duas pessoas foram resgatadas com vida antes das 7h: o piloto, Edenilson de Oliveira Costa, e a passageira Bethina Feldman;
Mais tarde, foram encontrados os corpos dos pais da criança: Juliana Böher e André Feldman;
A menina, Bethina Feldman, completa 12 anos neste 17 de janeiro;
Aeronave era do modelo EC 130 B4, da fabricante Eurocopter France;
Como foi o resgate do piloto e da criança
Segundo o tenente Maxwel, o chamado ocorreu no início da madrugada. No entanto, pelo que tudo indica, o helicóptero caiu no início da noite.
“O piloto tentou acessar os serviços de resgate, mas não conseguiu. Depois, conseguiu acessar uma portaria, por ali há empresas, uma pedreira e outra de eucalipto. Falou com uma pessoa e avisou sobre a queda da aeronave”, conta.
O helicóptero caiu em um local de difícil acesso, sob tempo ruim. Por isso, não havia possibilidade de o helicóptero Águia descer à noite. Foi possível avançar com os trabalhos intensos de busca aérea pela manhã.
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“Com o raiar do dia e com a informação que os pilotos do helicóptero Águia tinham do último ponto do sinal da aeronave, traçaram um perímetro para fazer varreduras aéreas e, a partir disso, acharam um clarão na mata, onde estava a aeronave. Indicaram isso para que os bombeiros e a defesa civil entrassem por terra”, explica o porta-voz da Defesa Civil.
Depois, o piloto e a criança foram retirados da mata fechada com o helicóptero Águia e levados a outro ponto com mais suporte para o atendimento inicial.
O tenente enfatizou ainda que o resgate dos dois sobreviventes só foi possível graças ao esforço conjunto dos órgãos responsáveis. “Houve um trabalho integrado do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, o Comando de Aviação da PM e o helicóptero Águia, desde as primeiras horas da madrugada, em prol de encontrar todos com vida”, avalia.
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A 1º tenente da Polícia Militar Aline informou que, como a menina estava com certa dificuldade de andar e com algumas dores, ao amanhecer, Edenilson se afastou na mata e caminhou para tentar acessar a rodovia e pedir socorro. Bethina estava cerca de 100 a 150 metros para dentro da área verde.
Quando os agentes localizaram a criança, a encontraram com escoriações leves, reclamando de algumas dores e com um pouco de dificuldade de se locomover. De acordo com Aline, Bethina não tinha condições de indicar onde estavam os pais e o helicóptero porque também estava desorientada por estar na área da mata.