Lincoln Henrique, do Fenerbahçe, da Turquia, decidiu se pronunciar depois de sua mulher, Adriana Müller, expor ter sido vítima de agressão e xenofobia em Portugal. A modelo relatou ter levado um tapa no rosto de uma cidadã lusitana. O casal vive há cinco anos no país europeu.
“Foi triste presenciar minha esposa diante dessa situação vulnerável, tentei amenizar, obviamente, mas a mulher estava alterada e faltando com respeito em todos os momentos. Quando vi que ela havia partido para cima da minha esposa”, disse.
O jogador de futebol lembrou que, embora tenha tentado ajudar Adriana, os esforços foram em vão: “Não pensei duas vezes em ir tentar separar, para que o problema não ficasse maior do que já estava. Mas, ela já tinha agredido minha esposa.”
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O boleiro explicou que o maior receio era com os herdeiros, que estavam próximos e acompanharam toda briga. “Como meus filhos estavam próximos, nós nos preocupamos em retirá-los de perto rapidamente. Foram momentos que ainda nem acredito que presenciei, uma pessoa com muito ódio no coração. Lamentável”, ressaltou.
Lincoln completou: “Eu precisei retirar nossos filhos de perto, pois eles ficaram apavorados com a situação, porque eles nunca presenciaram discussão. Eu e minha esposa não discutimos e não ensinamos esse tipo de coisa para eles.”
Bragantino
Divulgação
ANP/Getty Images
Por fim, Lincoln Henrique explicou que não ficou com nenhuma mágoa de Portugal depois do incidente com Adriana Müller:
“Não será um ato de uma pessoa infeliz que irá mudar meu carinho por esse país que me proporcionou momentos incríveis tanto na vida pessoal como na profissional. Foi onde eu e minha mulher tivemos uma grande resposta de Deus em nossas vidas que foi o nosso segundo filho”, concluiu em conversa com a Quem.
Agressão e xenofobia
Adriana Müller passou um perrengue daqueles na noite da última quinta-feira (2/1). A mulher do jogador Lincoln Henrique, que atua no Fenerbahçe, na Turquia, contou ter sido agredida por uma cidadã portuguesa. “Bateu em mim”, disse.
“Eu vou falar uma coisa, o barraco me persegue. Eu falo que é uma luta que eu tenho. Fomos entrar com um carro para estacionar na academia. Ia ter que voltar um pouquinho na contramão e tinha uma mulher parada na primeira e íamos para na segunda”, começou ela numa sequência de stories do Instagram.
Adriana seguiu: “Nisso, a gente foi virar o carro pra estacionar e ela baixou o barraco, enlouqueceu. Eu fui pedir desculpa, falar que estávamos estacionando, que tava frio e eu queria deixar meus filhos próximo [da academia] pra entrar.”
Müller explicou que, por conta da situação foi atacada e ofendida por sua nacionalidade. “E, literalmente, ela saiu gritando, sendo xenofóbica. Disse que era pra eu voltar pro meu país, que eu só podia ser brasileira pra estar fazendo asneira”, ressaltou.
Adriana completou: “Endiabrada, se revoltou e começou a dizer ‘volta pro seu país, porque vocês só vêm pra fazer asneira’. Eu perguntei: ‘Você tá falando do meu caráter porque eu sou brasileira, é isso mesmo?’. Me falou um monte de coisa.”
A brasileira esclareceu que registrou queixa na polícia contra a mulher e mostrou os hematomas resultados da briga:
“A mulher bateu em mim. E é isso, gente! Tô com o pescoço todo pegado. Tem gente que cria fake pra dizer que eu sou barraqueira, mas eu não sou barraqueira. Isso, de hoje, que é barraco. Eu me surpreendi comigo, eu achava que eu era barraqueira, mas eu estou longe do barraco”, frisou.
A coluna Fábia Oliveira conversou com Adriana, em primeira mão, para saber detalhes do episódio. Müller lembrou que o marido até chegou a tentar apartar a confusão, mas foi alertado por ela para não se envolver, uma vez que a mulher poderia acusá-lo de algum tipo de violência.
“A Fran, que estava comigo, pegou o celular e foi gravar. Ela [a agressora] disse assim: ‘Eu vou bater na cara de vocês e vou quebrar esse celular’. Depois dela dizer isso, avançou no meu pescoço”, relatou.
Adriana Müller continuou: “Eu tentei me defender, mas não consegui agredi-la, sabe. Eu até tentei, mas algo não me deixou. Ela pegou no meu pescoço e aí começou a bater no meu rosto. Eu não deixei ele [o marido] ficar perto. Até então, era um homem tentando segurar duas mulheres”, relatou.
A mulher de Lincoln finalizou enfatizando que vai tomar medidas judiciais cabíveis. “Meus filhos começaram a chorar, porque ela veio pra cima de mim perto dos meus filhos. Ela começou a me bater. Eu não sabia quem ela era, era a dona do bar de dentro do ginásio [da academia]. Vou entrar com processo judicial”, concluiu.